Nossa meta.

Brazil
Nossa meta é incentivar as pessoas sobre a importância de identificar os seus pensamentos automáticos negativos; principais responsáveis pelas alterações emocionais negativas de tristeza, depressão, ansiedade, pânico, euforia, irritação, raiva, ódio, deseperança, entre outras, que influenciam em nossas atitudes no cotidiano; causando açoes individuais, sociais e ambientais indesejáveis e ou destrutivas ao bem estar geral. Nossos pensamentos automáticos sobre os eventos formam e transformam a idéia que temos sobre as nossas capacidades e incapacidades de realizar as nossas metas e os nossos sonhos, porque alteram as percepções sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre o futuro. Ou seja, nascemos vulneráveis de fato, mas a percepção que construímos sobre esta vulnerabilidade é fundamental para vivermos com qualidade.
Primeira diretoria da Oficina de Pensamento, eleita no dia 07 de dezembro de 2010: Presidente: Arnaldo Vicente. 1ª Vice-Presidente: Ana Maria Serra. 2ª Vice-Presidente: Oriana F. Grangel. Secretária: Viviane Nicoliello Siqueira. Tesoureira: Daniele Aiello. Coordenador de Comunicação: Lupércio Zampieri. Coordenador de Expansão: Leandro Grangel.

Incentivadores Internacionais:

Aaron T. Beck, Judith Beck e Frank Dattilio.

domingo, 26 de dezembro de 2010

DEPRESSÃO, DESESPERANÇA E SUICÍDIO.

Augusto Volpi Barreto                         

     * “Virginia Sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse." (Virginia Woolf)

     *Filme de Stephen Daldry, “AS HORAS”, aborda a dor de viver. Não por motivos de morte ou fracasso, mas simplesmente por sentir que o peso do existir é um fardo maior que se possa imaginar.

      A palavra suicídio (etimologicamente sui = si mesmo; -caedes = ação de matar) foi utilizada pela primeira vez por Desfontaines, em 1737 e significa morte intencional auto-inflingida, isto é, quando a pessoa, por desejo de escapar de uma situação de sofrimento intenso, decide tirar sua própria vida.
      Estamos no meio de uma epidemia de depressão cujas conseqüências, por força do suicídio, roubam mais vidas do que a AIDS. Os índices de depressão aguda são 10 vezes maiores atualmente do que há 50 anos. Atinge as mulheres duas vezes mais do que os homens, e agora se manifesta na vida das pessoas 10 anos mais cedo que uma geração atrás.
      Segundo dados da OMS, 900.000 pessoas cometeram o suicídio em 2003, o que equivale a uma morte a cada 35 segundos. O número de tentativas de suicídio supera em 10 vezes o número de suicídios consumados.
      O suicídio envolve questões socioculturais, genéticas, psicológicas, filosófico-existenciais e ambientais, mas na quase totalidade dos casos o transtorno mental é um fator vulnerabilizador que necessita estar presente para que culmine no suicídio do indivíduo, quando somado a outros fatores.
      Mais de 80% das pessoas que cometem suicídio apresentam algum transtorno afetivo (depressão, transtorno bipolar, distimia), sendo que outras doenças mentais como esquizofrenia, dependência de álcool e drogas e transtornos de personalidade, principalmente o TP Borderline, também apresentem uma correlação importante com o suicídio.
      A taxa global de suicídio no Brasil cresceu 23% nos últimos 20 anos, sendo que o grupo entre 15 a 34 anos foi o que apresentou maior crescimento (1.900%), um dado alarmante que merece atenção especial da sociedade como um todo.
Algumas diretrizes da OMS para a prevenção do suicídio:
      • Identificar e reduzir a disponibilidade e o acesso aos meios para se cometer suicídio (ex. armas de fogo, medicamentos);
      • Melhorar os serviços de atenção à saúde, reforçar o apoio social e promover a reabilitação de pessoas com comportamento suicida;
      • Melhorar os procedimentos diagnósticos e subseqüente tratamento dos transtornos mentais;
      • Aumentar a atenção dirigida a profissionais de saúde em relação a suas atitudes e tabus em relação à prevenção do suicídio e às doenças mentais;
      • Aumentar o conhecimento, por meio da educação pública, sobre doença mental e o seu reconhecimento precoce;
      • Auxiliar a mídia a noticiar apropriadamente suicídios e tentativas de suicídio;
      • Incentivar a pesquisa na área da prevenção do suicídio, encorajar a coleta de dados das causas de suicídio e evitar a duplicação dos registros estatísticos;
      • Prover treinamento para indivíduos e profissionais que se encontram na linha de frente e que entram primeiro em contato com indivíduos sob risco de suicídio.
      A desesperança pode se desenvolver e levar a um comportamento suicida manifesto (“Como um pensamento pequeno é suficiente para encher a vida de alguém!” - Ludwig Wittgenstein).
      Comportamentos suicidas podem apresentar-se disfarçadamente: decisões súbitas de, por exemplo, preparar um testamento; afirmações que denotam desesperança, como “minha vida não vai melhorar”; idéias de que “os outros estariam melhor com minha morte” ou “sou um fracasso para todos”, “desapontei a todos”, etc.
      Embora a grande maioria dos suicidas sejam deprimidos, já foi demonstrado que a desesperança é o fator nuclear do risco para suicídio. Portanto, a avaliação objetiva do risco de suicídio em pacientes que buscam ou são encaminhados para um tratamento psiquiátrico ou psicoterápico deve obrigatoriamente passar por uma avaliação do grau de desesperança.
      Quando a preocupação a respeito de um risco de suicídio ocorrer em relação a uma pessoa, esta deve ser encaminhada a uma avaliação psiquiátrica, em emergências de hospitais que trabalhem com psiquiatria, para que se possa avaliar adequadamente o risco e oferecer um tratamento adequado.
      Quando alguém estiver pensando em cometer suicídio é importante comunicar essa idéia para que outros possam ajudá-lo, pois quem está se sentindo tão mal a ponto de pensar que a morte é sua única saída, com certeza está precisando de ajuda.

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