Nossa meta.

Brazil
Nossa meta é incentivar as pessoas sobre a importância de identificar os seus pensamentos automáticos negativos; principais responsáveis pelas alterações emocionais negativas de tristeza, depressão, ansiedade, pânico, euforia, irritação, raiva, ódio, deseperança, entre outras, que influenciam em nossas atitudes no cotidiano; causando açoes individuais, sociais e ambientais indesejáveis e ou destrutivas ao bem estar geral. Nossos pensamentos automáticos sobre os eventos formam e transformam a idéia que temos sobre as nossas capacidades e incapacidades de realizar as nossas metas e os nossos sonhos, porque alteram as percepções sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre o futuro. Ou seja, nascemos vulneráveis de fato, mas a percepção que construímos sobre esta vulnerabilidade é fundamental para vivermos com qualidade.
Primeira diretoria da Oficina de Pensamento, eleita no dia 07 de dezembro de 2010: Presidente: Arnaldo Vicente. 1ª Vice-Presidente: Ana Maria Serra. 2ª Vice-Presidente: Oriana F. Grangel. Secretária: Viviane Nicoliello Siqueira. Tesoureira: Daniele Aiello. Coordenador de Comunicação: Lupércio Zampieri. Coordenador de Expansão: Leandro Grangel.

Incentivadores Internacionais:

Aaron T. Beck, Judith Beck e Frank Dattilio.

sábado, 13 de novembro de 2010

Dra. Ana Maria esclarece e orienta sobre como adultos podem contribuir para que as crianças tenham um auto-conceito positivo.

A relevância do desenvolvimento de um auto-conceito positivo para a experiência de realização e bem estar em crianças e adolescentes

E como os adultos podem contribuir


O impacto dos comportamentos de uma pessoa sobre o seu ambiente social é grandemente responsável pelo desenvolvimento de seu auto-conceito.  Um auto-conceito positivo, desenvolvido desde muito cedo, é essencial para a adaptação e ajustamento do indivíduo e para a sua experiência de realização e bem estar.  Além disso, adultos podem contribuir de formas importantes para o desenvolvimento de um auto-conceito positivo em crianças e adolescentes sob seus cuidados e influência. 

Focalizemos dois eixos principais: como se desenvolve o auto-conceito em crianças e adolescentes e como os adultos podem contribuir positivamente. 

Primeiramente, o modelo cognitivo de funcionamento humano propõe que experiências relevantes precoces proporcionam a base para o desenvolvimento de esquemas cognitivos, e suas crenças correspondentes, sobre o self, o mundo e o futuro.  Nesse sentido, esquemas são definidos como superestruturas cognitivas que nos possibilitam inconscientemente processar estímulos internos e externos, transformando elementos sensoriais em nossas representações do mundo real.  Nossas representações ou interpretações de eventos e situações, por sua vez, emergem ao nível pré-consciente em forma de pensamentos automáticos, cujos conteúdos largamente determinarão nossas respostas emocionais e comportamentais.  E finalmente, nossos comportamentos, mais especialmente em função de seu impacto sobre o ambiente social, determinarão as bases de nosso auto-conceito.  Segundo esse modelo, a relevância de nossas experiências precoces na geração de nossos esquemas e crenças, de nossas emoções e comportamentos e, em ultima análise, de nosso auto conceito, é evidente e deve ser enfatizada. 

Em segundo lugar, destacamos que adultos – sejam eles pais, educadores ou cuidadores – devem usar tudo o que dizem e falam para desenvolver em crianças e adolescentes, sob seus cuidados, esquemas funcionais, particularmente em três áreas principais:  competência (cuja crença pode ser, por exemplo, “sou capaz intelectualmente”), adequação social (“sou adequado, legal, atraente, socialmente valorizado) e estima (“sou amado” ou “reúno os atributos para ser amado pelas pessoas”).  Da perspectiva da teoria dos estilos de atribuição, proposta por Martin Seligman e colaboradores, há formas através das quais adultos podem efetivamente encorajar o desenvolvimento de esquemas funcionais em crianças e adolescentes; ou, em outras palavras, adultos podem favorecer formas particulares de abordar crianças e adolescentes com a finalidade de proporcionar-lhes as ferramentas conceituais e práticas para que, no presente e no futuro, eles tenham um auto-conceito positivo e sejam capazes de experienciar gratificação.  Conceitos adicionais, como compaixão e solidariedade, podem ser igualmente encorajados, desde que tais conceitos podem contribuir para maior gratificação em seus relacionamentos sociais e afetivos, através de toda a vida.  

Um programa de intervenção foi aplicado no contexto de uma escola brasileira, com alunos do 3º colegial que estavam se preparando para os exames vestibulares, intitulado “Como lidar com as emoções em ano de Vestibular”.  Além dos alunos, o estudo envolveu também professores, coordenadores, e pais, e foi conduzido adotando como enquadre teórico a teoria dos estilos de atribuição.  O programa teve excelente resultados, no sentido de avanços dos alunos participantes, em aspectos acadêmicos e pessoais, bem como favorecendo grandemente os adultos envolvidos.  Os alunos que participaram do estudo tiveram um índice de aprovação nos vestibulares 34% superior aos alunos do ano anterior.  Destacamos a atuação, neste contexto, do conceito de “profecia auto-realizante”, que pode ser resumida conforme segue: quando prevemos um sucesso – por exemplo, no vestibular – essa “profecia” influenciará positivamente nossas emoções – por exemplo, tranqüilidade e segurança – as quais, por sua vez, contribuirão para a materialização de toda a nossa competência em nosso desempenho.  Entretanto, ao fazermos uma “profecia” negativa, esta resultará em um estado emocional adverso, que influenciará negativamente a expressão máxima de nossa competência.

Em resumo, devemos enfatizar o desenvolvimento de um auto-conceito positivo em crianças e adolescentes. No caso de falhas de processamento cognitivo, o conseguiremos através da re-estruturação cognitiva; no caso de reais limitações ou falhas, através do desenvolvimento de habilidades para a resolução de problemas. A auto-estima, ou seja, o gostar de si mesmo, será uma conseqüência natural de um auto-conceito positivo.  Ao contrário, porém, não pode haver auto-estima em associação a um auto-conceito negativo.  Portanto, o auto-conceito é o aspecto chave em que devemos concentrar nossas ações e intervenções com crianças e adolescentes.

Ana Maria Serra, PhD Psicologia e Terapeuta Cognitiva pelo Institute of Psychiatry da Universidade de Londres, Inglaterra.


Atenção: Curso de Especialização em Terapia Cognitiva Aplicada a Crianças e Adolescentes, nova área de concentração do Curso de Especialização em Terapia Cognitiva, oferecido pelo ITC – Instituto de Terapia Cognitiva) e credenciado pelo CFP-Conselho Federal de Psicologia, habilitando o concluinte à obtenção do Título de Especialista em Psicologia Clínica.  http://www.itcbr.com/.

Em 2011, Conferências Internacionais sobre Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes: com os Drs. Mark Reinecke, da Northwestern University (11 a 13 de Março de 2011) e Philip Kendall, da Temple University (16 e 17 de Setembro de 2011), reconhecidos internacionalmente como os especialistas em TC com crianças e adolescentes.

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